sábado, 22 de setembro de 2012

CARLOS NOBRE - O SERESTEIRO MODERNO [1960]


Carlos Nobre - O Seresteiro Moderno [1960]
01.Ironia
02.A Rua Não É Morada
03.Censura
04.Tormento
05.Resultado
06.Horas Amargas
07.Amor Impossível
08.Pode Beijar Aquela Moça
09.Aqui
10.Senhora Viúva
11.Benedito
12.O Silêncio da Noite

Carlos Nobre

Nomar Nobre Chatelain
6/6/1934 Vitória, ES

Dados Artísticos

Em 1951, iniciou sua carreira de cantor participando de programas de calouros. Participou do programa de Ary Barroso na TV Tupi, no programa "Pescando estrelas", de Arnaldo Amaral na Rádio Clube, do programa "Papel carbono", de Renato Murce na Rádio Nacional, e do programa apresentado por Henrique Batista na Rádio Vera Cruz. Em 1952, foi servir ao Exército, mas mesmo assim deu sequência a carreira artística. Em 1955 gravou seu primeiro disco no selo Polydor com a "Toada de amor" e o bolero "Porque não vens", ambas de Peterpan. No mesmo ano, gravou "Eu não vi...", marcha de Raul Sampaio e José Messias, e "Não teve pena", samba de Ari Cordovil, Arnô Canegal e Hildebrando Pereira Matos. Em 1956, foi contratado pela Todamérica e lançou o samba canção "Se depender de mim", de Haroldo Eiras, e o samba "O mesmo lar", de Luiz Antônio e Ari Monteiro. No ano seguinte, gravou a marcha "Morena", de Alcebíades Nogueira e Luiz de França, o samba "Vem meu amor", de Eden Silva, Nilo Moreira e Oldemar Magalhães e o bolero "Viverás sempre só", de Raimundo Olavo e Ailce Chaves. Em 1958, gravou o samba canção "Escrava da ambição", de Paulo Marques e Nelson Bastos, e o bolero "Lago azul", de Geraldo Serafim e Newton Castro. No mesmo ano, sua interpretação para a marcha "Foi a saudade", de Norival Reis e José Batista, foi incluída no LP "Carnaval 1958" da gravadora Todamérica. Em 1959, foi contratado pela RCA Victor e estreou com os sambas canção "Ciclone" e "Regresso", ambos de Adelino Moreira. No mesmo ano, gravou mais um samba canção de Adelino Moreira: "Madame saudade". Gravou também na mesma época o samba canção "Amor proibido", de Raul Sampaio e Benil Santos. 


No ano seguinte, gravou de Wilson Batista e Jorge de Castro o samba "Rosas vermelhas"; de Raul Sampaio e Benil Santos o samba-canção "Prova de amor"; e de Jair Amorim e Evaldo Gouveia o samba canção "Quando existe adeus". Ainda em 1960, lançou o primeiro LP pela Rca Victor interpretando as músicas "Amor proibido" e "Prova de amor", de Raul Sampaio e Benil Santos, "Fingimento", de Jair Amorim e Dilermando Reis; "Rosas vermelhas", de Wilson Batista e Jorge de Castro, "Vinte anos depois", de Herivelto Martins e David Nasser, "Ciclone" e "Regresso", de Adelino Moreira, "Volta ao meu barracão", de Irany de Oliveira e Rosalino Senos, "Rosa Maria da Cruz", de René Bittencourt. Em 1961, gravou a primeira composição de sua autoria, o samba canção "Amor impossível", parceria com Raul Sampaio. Logo em seguida, compôs com René Bittencourt o samba canção "Rua não é moradia", gravado no mesmo ano. Ainda em 1961, lançou pela RCA Victor o LP "O seresteiro moderno", disco no qual interpretou os sambas-canção "Ironia", de Adelino Moreira, "Rua não é moradia", com René Bittencourt, "Censura", de Raul Sampaio e Benil Santos, "Tormento", de Herivelto Martins e Marino Pinto, "Resultado", de Klécius Caldas e Armando Cavalcanti, "Horas amargas", de Almeida Rego e Galvez Morales, "Amor impossível" e " Aqui", com Raul Sampaio, "Pode beijar aquela moça", de Waldemar Ressurreição, "Senhora viúva", de Raul Sampaio, "Benedito", de René Bittencourt, "O Silêncio da noite", com Newton Teixeira. Em 1962, gravou os sambas-canção "Amor em serenata", de Raul Sampaio e Ivo Santos, com o qual fez sucesso, e "Sexto mandamento", de Raul Sampaio e René Bittencourt. No mesmo ano, gravou o samba canção "Perdão por meu amor", de sua parceria com Raul Sampaio. 

Em 1963, gravou o samba canção "Resto de saudade", do compositor pernambucano Capiba. No mesmo ano, gravou pelo pequeno selo Fantasia o samba "Derrubaram a galeria", de Paulo Gracindo e Carvalhinho. Nesse ano, fez sucesso com o samba-canção "Contradizendo", de Raul Sampaio e Benil Santos, incluído na coletânea "Mais explosivo" da RCA Victor. Ainda em 1963, lançou dois LPs pela RCA victor, no primeiro, que teve seu nome como título registrou várias composições de Raul Sampaio: "Contradizendo", e "Ela vai embora", de Raul Sampaio e Benil Santos, "Perdão por meu amor", sua e de Raul Sampaio, "Sexto mandamento", de Raul Sampaio e René Bittencourt, "Amor em serenata", de Raul Sampaio e Ivo Santos, e "O pranto da chuva", de René Bittencourt e Raul Sampaio, além de "Três por quatro", parceria sua e Carlos Marques, "Canção da espera", de José Messias, "Guarapari", de Pedro Caetano, "Parceria com a saudade", de Valdo Hora e Paulo Gracindo, e "Torturante ironia", de Silvio Caldas e Orestes Barbosa. O segundo LP lançado em 1963, se chamou "Nos braços da saudade", música título de Raul Sampaio e Benil Santos, e incluiu ainda "Serenata da chuva", de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, "Três lágrimas", de Ary Barroso, "Maria das Graças", parceria sua e René Bittencourt, "Vedete", com Rutinaldo, "Existe alguém", de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, "Canção da rua", de Raul Sampaio e Benil Santos, "Até quando", de Haroldo Barbosa e Luis Reis, "Amor desfeito", com Raul Sampaio, "Trevo de quatro folhas", de Raul Sampaio e René Bittencourt, e "Pressentimento", com Roberto Bittencourt. Entre 1960 e 1964, cantou na Rádio Mayrink Veiga. Em 1964, lançou pela RCA Victor o LP "Tudo é paz", que incluiu as músicas "Tempo perdido" e "Pavana para um amor enfermo", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, "Tudo é paz", de Pernambuco e Marino Pinto, "Se depender de mim", de Haroldo Eiras, "E o céu desceu entre nós dois", de Alcyr Pires Vermelho e Jota Santos, e "Se eu tiver", de Ribamar e Dolores Duran, além dos sucessos "Ciclone", de Adelino Moreira, "Amor proibido", de Raul Sampaio e Benil Santos, "Rosas vermelhas", de Wilson Batista e Jorge de Castro, "Amor impossível", com Raul Sampaio, "Ironia", de Adelino Moreira, e "Prova de amor", de Raul Sampaio e Benil Santos.

Na década de 1960 foi premiado com dois troféus Chico Viola por suas interpretações de "Amor em serenata", de Raul Sampaio e Ivo Santos, e "Ciclone", de Adelino Moreira. Com esta útima gravação obteve grande sucesso e uma ótima vendagem em 1960. Teve composições suas gravadas por outros intérpretes, tais como "Pressentimento", em parceria com René Bittencourt, e "Amor desfeito", em parceria com Raul Sampaio. Participou juntamente com Nelson Gonçalves, Ângela Maria, Núbia Lafayette, Cauby Peixoto e Carlos Galhardo, do LP "Encontro com Adelino Moreira" lançado em 1967, pela RCA Victor com músicas do compositor, no qual cantou "Ciclone" e "Regresso". Em 1968, pela gravadora Cantagalo lançou o LP "O seresteiro moderno", mesmo título de um outro lançado sete anos antes na RCA Victor só que com músicas diferentes. Dessa feita, interpretaou as canções "Que valeu aquele sim", de Fernando Barreto e Arthur de Oliveira, "Impossível me foi" e "Um grande amor no carnaval", ambas de Isaias Souza, " Primeira mulher", de Kid Pepe e Théo Magalhães, "Cabocla Vitória", de Moreira da Silva e Mões Filho, "Por você esqueço até de mim", de Roberto Carlos, "Boêmio na calçada", de Waldemar Silva e Rubens Campos, "Fonte de paz", parceria sua com Wilson Melo, "É sempre assim" e "Ciclone", de Adelino Moreira. 

Em 1972, lançou LP pela Musicolor/Continental, no qual interpretou clássicos da música popular brasileira como "Cadeira vazia", de Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves, "Negue", de Adelino Moreira e Enzo Almeida Passos, "Meus tempos de criança", de Ataulfo Alves, "Saia do meu caminho", de Custódio Mesquita e Evaldo Ruy, "Cabelos brancos", de Herivelto Martins e Marino Pinto, e "Cinco letras que choram (Adeus)", de Silvino Neto, além de "Sim ou não", de sua autoria e Ataylor de Souza. Em 1970, a gravadora RCA Candem lançou o LP "Encontro com Adelino Moreira - Volume 2", do qual fizeram parte ainda Nelson Gonçalves, Marilene Santiago, Marcos Valentim, Núbia Lafayette, Cauby Peixoto, Carlos Galhardo, e Roberto Vidal. Nesse disco, interpretou o samba-canção "Ironia". Participou em 1973, do LP "Carnaval 73" da Musicolor/Continental interpretando a marcha "Meu último carnaval", de Carlinhos Sideral e Nomar. No ano seguinte, interpretou a marcha "Coisa a tôa", de Tito Fernandes, no LP "Turma do Caneco - Carnaval 75", da grvadora CID. Participou em 1974 do LP "Encontro com Adelino Moreira na Churrascaria "Cinderela" da gravadora RCA Camden, disco do qual também tomaram parte os artistas Nelson Gonçalves, Lourdinha Bittencourt, Paulo Vinicius, Roberto Vidal, Marcos Valentim, Carlos Gonzaga, e Núbia Lafayette. Interpretou nesse LP o samba-canção "Madame saudade". Cantou o samba "Carnaval do amor", de Roberto Correia e Jon Lemos, em 1976, no LP "Carnaval 1976 - SBACEM", uma produção independente que reuniu ainda os cantores e cantoras Oswaldo Nunes, Ivete Garcia, Jairo Aguiar, As Autênticas, Lúcio Mauro, Silvinha, Jararaca, Gilberto Alves, Ivete Garcia, Adelino Moreira, Itamar Dias, e Jorge Veiga. Ainda na década de 1970 apresentou-se em programas de televisão. Em 2005, apresentou-se na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, participando do projeto "Seresta para Natal". Nesse ano, foi lançado pelo selo Revivendo o CD "Amor em serenata" com um apanhado de seus maiores sucessos incluindo "Ciclone", "Regresso" e "Ironia", de Adelino Moreira; "Amor impossível", com Raul Sampaio; "Prova de amor", "Amor proibido", "Contradizendo", "Praga de amor (Protesto)", e "Nos braços da saudade", de Raul Sampaio e Benil Santos, "O mesmo lar", de Luiz Antônio e Ari Monteiro; "Se dependesse de mim", de Haroldo Eiras; "Volta ao meu barracão", de Irany de Oliveira e Rosalino Sênos; "Quando existe adeus" e "Serenata da chuva", de Evaldo Gouveia e Jair Amorim; "Resto de saudade", de Capiba; "O pranto da chuva", de René Bittencourt e Raul Sampaio, e a música título, de Raul Sampaio e Ivo Santos. 

Ainda em 2005, foi lançado o CD "Carlos Nobre - A voz do ciclone" no qual interpretou entre outras, as composições "Laura", de Braguinha e Alcir Pires Vermelho; "Tempo de seresta", de Raul Sampaio; "Que será", de Mário Rossi e Marino Pinto, e "Pois é", de Lecy Brandão, além de três obras de sua autoria: "Musa do verso", com José Orlando, "Meu último carnaval", com Carlos Sideral, e "Andréa esperança acontecida", com J. Ribeiro. Em 2006, participou no SBT do programa "Rei e majestade" apresentado por Sílvio Santos ficando em segundo lugar em votação popular. Gravou mais de duas dezenas de discos, entre 78 rpm e LPs nas décadas de 1950 e 1960, pela Polydor, Todamérica e RCA Victor.
(DICIONÁRIO DE CRAVO ALBIN DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA).

FONTE:http://www.dicionariompb.com.br/carlos-nobre

Um comentário:

  1. Adorei seu Blog, riquíssimo.

    Tenho 33 anos e reconheço que não se faz mais música como antes.

    Que pena!

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