terça-feira, 11 de setembro de 2012

ANÍSIO SILVA [1960]


Anisio Silva [1960]
01. Tu Hás de Voltar  (Lindolfo Gaya / Anísio Silva)
02. O Mal da Gente  (Anísio Silva / M. Pereira)
03. Meu Amanhã  (Irany de Oliveira / Ari Monteiro)
04. Porque Voltei  (Haroldo Eiras / Victor Berbara)
05. Abre a Porta Por Favor  (Erasmo Silva / Átila Nunes)
06. Há na Saudade Um Segredo  (Bruno Marnet / Floriano Faissal)
07. Tenta Sorrir  (Ivan Paulo)
08. Amar  (Ronaldo Lupo / Saint-Clair Sena)
09. Noite e Dia  (Almiro Cunha / Altahir de Sá / Antônio Fernandes)
10. Nasci Para Te Adorar  (Luis Bonfá)
11. Ausência  (Jota Santos / Aylton Flores)
12. Quero Estar Contigo  (Anísio Silva / M. Pereira)

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Anísio Silva
*29/7/1920 Caitité, BA
+18/2/1989 Rio de Janeiro, RJ

Dados Artísticos

De estilo romântico, estreou em discos em 1952 quando gravou pela Star o samba-canção "Um passarinho tristonho", de Mary Monteiro e Acúrcio Rosas, e a valsa "Quando eu me lembro", de Alencar Terra. Em 1953, na Copacabana, que sucedeu a gravadora Star, lançou em dueto com o cantor Jack Jony o fox-trote "Aquela noite", parceria sua com Oliveira Neto e o baião "Um grande amor", parceria com Jorge de Castro.

Em 1957, foi contratado pela Odeon, onde viveu a melhor fase de sua carreira. Ali gravou o samba "Sempre contigo", parceria com William Duba e o bolero "Sonhando contigo", de sua autoria em parceria com Fausto Guimarães, que obteve grande sucesso, alavancando sua carreira e que fez com ele se tornasse o primeiro artista brasileiro a receber disco de ouro. Também em 1957, lançou o primeiro LP "Sonhando contigo" que trazia as composições "Interesseira", de Murilo Letini e Bidu Reis; "Falas de amor outra vez", de Benil Santos e Raul Sampaio; "Aperta-me em teus braços", de sua autoria e Almeida Rêgo; "Sonhando contigo", com F. Guimarães; "Não se afaste de mim", de Raul Sampaio e Jorge Gonçalves; "Se eu pudesse esquecer" e "Vida, vida", de sua autoria; "Não me diga adeus", com F. Guimarães; "Apesar dos pesares", de Murilo Letini e Bidu Reis; "Sempre comigo", com William Duba; "Abismo", de sua autoria e "Juntando saudades", de Nazareno de Brito e Alcyr Pires Vermelho. Ainda nesse ano, seu bolero "Sonhando contigo", com Fausto Guimarães foi gravado na Copacabana por Jairo Aguiar.

Em 1958, gravou mais duas composições de sua autoria, o samba "Não me diga adeus", parceria com Fausto Guimarães e o bolero "Abismo". No mesmo ano obteve grande sucesso com o bolero "Interesseira", de Bidu Reis e Murilo Latini gravado em Lp no ano anterior. Nessa época, realizou inúmeras excursões pelo Brasil. Em 1959 gravou em dueto com a cantora Dalva de Oliveira as valsas "Minha mãe", com música do maestro Lindolfo Gaya sobre versos do poeta Casemiro de Abreu e "Amor de mãe", de Raul Sampaio. No mesmo ano teve grande sucesso com a guarânia "Quero beijar-te as mãos", de Arsênio de Carvalho e Lourival Faissal. Ainda nesse mesmo ano, lançou o LP "Anísio Silva canta para você", com as faixas "Pressentimento", de Edgardo Luiz e Milton Silva; "Desilusão", de Pedro Rogério e Lombardi Filho; "Onde estarás agora", de sua autoria; "Destino", de Mário Terezópolis; "Desencanto", de Bruno Marnet e Floriano Faissal; "Incompreendida", de Murilo Latini e Bidú Reis; "Quero beijar-te as mãos", de Lourival Faissal e Arsenio de Carvalho; "Vai", com William Duba; "Palavras cruéis", de Alcyr Pires Vermelho e Jair Amorim; "Devolva-me", dos Irmãos Orlando; "Tu somente tu", com Jonas Garret e "Não digo o nome", de Jair Amorim.


Em 1960 gravou outro de seus grandes sucessos, talvez o maior, o bolero "Alguém me disse", de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, regravado com grande êxito por Gal Costa em 1998. Gravou também o samba "Me leva", no qual fez parceria com o sambista Silas de Oliveira. Outro grande sucesso do mesmo ano foi a guarânia "Estou pensando em ti", de Raul Sampaio e Benil Santos. Também em 1960, gravou o bolero "Beija-me depois", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia e o fox "Onde está você", de Lindolfo Gaya e Aloísio de Oliveira. Obteve grande vendagem com o LP "Alguém me disse", título do bolero com o qual fez grande sucesso. Nesse LP constavam ainda boleros como "O dia do nosso amor", com Fausto Guimarães; "Cantiga de quem está só", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia; "Sempre em meu pensamento", com Milton Gomes; "Triste coração", de Aldacir Louro e Linda Rodrigues e "Estou pensando em ti", de Raul Sampaio e Benil Santos. Ainda no mesmo ano, lançou o LP "Anísio Silva", no qual gravou as músicas "Tu hás de voltar", parceria com o maestro Gaya; "O mal da gente", com M. Pereira; "Meu amanhã", de Ary Monteiro e Irany de Oliveira; "Porque voltei", de Victor Berbara e Haroldo Eiras; "Abre a porta por favor", de Erasmo Silva e Átila Nunes; "Há na saudade um segredo", de Bruno Marnet e Floriano Faissal; "Tenta sorrir", de Nilton Pereira e Ivan Paulo; "Amar", de Ronaldo Lupo e Saint-Clair Senna; "Noite e dia", de Antônio Fernandes, Almiro Cunha e Altahir de Sá; "Nasci para te adorar", de Luiz Bonfá; "Ausência", de Aylton Flores e Jota Santos e "Quero estar contigo", com M. Pereira. Nesse disco já se pode perceber o começo de seu declínio, a partir da presença de muitos compositores sem maior expressão.

Em 1961 destacou-se com o bolero "Onde estarás", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia. Gravou no mesmo ano, os boleros "Dolores", de Jair Amorim; "Eu já fiz tudo", de Romeu Nunes e Almeida Serra; "Que Deus me dê", de Evaldo Gouveia e Jair Amorim e "Se a vida parasse", de Romeu Nunes e Milton Gomes, que foi sucesso no ano seguinte. Ainda nesse ano, lançou o LP "Beija-me depois", com destaque para as canções "Conta teu sonho", com Roberto Faissal; "Caminhos opostos", com Wilson Pinho; "Pra que vou esconder?", de Hianto de Almeida; "A carta", de Murilo Latini e Bidu Reis; "Seu jeito", de José Messias; "Você quis... e levou", de Almeida Rêgo e Gilda de Barros; "Chora minh'alma", com Lindolfo Gaya; "Sim ou não", de Cícero Nunes e, "Beija-me depois" e "Onde estarás", da dupla Jair Amorim e Evaldo Gouveia.

Em 1962, gravou os boleros "Deixa-me ficar", de Raul Sampaio e Benil Santos; "Abraça-me", de Almeida Rego e Antônio Correia; "Ave-Maria dos namorados", de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, outro grande sucesso, além do samba "Beleza das cores", de J. Santos e Carlos Santana Lima. Gravou também o LP "O romântico", com destaque para os boleros "Faça de conta", de Maria Helena Toledo e Luiz Bonfá; "Vida ruim", de Catulo de Paula; "Não é por mim", de Carlos Imperial e Fernando César; "Caminhando", de Luiz Bandeira e, "Falso", "Que Deus me dê" e "Canção completamente inútil", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia.

Em 1963, lançou mais duas composições da dupla Jair Amorim e Evaldo Gouveia: "Um dia em Portugal" e "Quem tudo quer nada tem". Também nesse ano, registrou o LP "Só penso em ti", no qual interpretou, entre outras, as músicas "Sincero demais", de Tito Madi; "Deixa-me ficar", de Raul Sampaio e Benil Santos; "Colcha de retalhos", de Fernando César; "Outra vez", de Romeo Nunes e Britinho; "Amor sublime", de Mário Machado, Noemi Cavalcanti e Niquinho; "Numa igreja sem ninguém", de Fernando César e Ted Moreno e "Almas gêmeas", de Antônio Almeida. Ainda nesse ano, gravou o LP "Canção do amor que virá" no qual interpretou, além da música título, de Jorge Smera e Othon Russo, as músicas "Existe alguém", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia; "Duas janelas", de Capiba e Tito Madi; "É tarde", de Carlito e Romeo Nunes; "Quem tudo quer nada tem", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia; "Eu não amo sem você", de Roberto Faissal e Paulo Tito e "Novo céu", de Fernando César e Ted Moreno.

Em 1964, ainda pela Odeon, gravou o LP "Estou chorando por ti", música título de sua autoria em parceria com Romeu Nunes e que tinha ainda como destaques as composições "Por quanto tempo", "Meu amor foi embora" e "Que me importa", de sua autoria; "Canção da serra", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia; "Minha culpa", de Fernando César e Britinho, e "Desolação", de Raul Sampaio. Ainda nesse ano, já com a popularidade em baixa, lançou três discos pelo selo Repertório e mais um pelo selo Santa Anita, sem grande repercussão. Logo em seguida abandonou momentâneamente a carreira artística e ficou três anos sem gravar discos.

Em 1967, voltou a gravar, novamente pela Odeon, lançando o LP "Retôrno", com música título de Monito Silva e Agenor Madureira, que apresentava como destaque as músicas "Perdão em serenata", de Dalton Vogeler e Orlando Silveira; "Hás de vir com a saudade", de Zé Trindade e Firmo Costa Jr.; "Você passou", de Niquinho e Othon Russo; "Onde estás agora", de Raul Sampaio e Benil Santos, e "Saudade", de sua autoria e Gilson Santomauro. Em 1968, já sem o mesmo sucesso anterior, lançou o LP "Lembrança de você", também pela Odeon, sendo que das doze músicas do disco, nove eram de sua autoria entre as quais, "Tudo lembra você", com Diamantino; "Falando ao coração"; "Dia de chorar"; "É madrugada" e "Longe de você", apenas de sua autoria, além de "Minha vida", de Niquinho e Othon Russo e "Quando você passou", de Collid Filho. Nesse mesmo ano, afastou-se da vida artística, passando a gerenciar uma casa noturna.

Em 1970, retornou à carreira lançando pela Continental o LP "Anísio Silva", que obteve pouca repercussão e que trazia sete composições suas, entre as quais, "O homem e a vida", com Jonas Garret; "Tem pena de mim", com Gilson Santomauro e Diamantina e "Se eu te perder", com Milton Gomes. Em 1975, lançou pela Copacabana aquele que seria seu último LP, também tendo seu nome como título e que trazia seis parcerias com Elias Soares, "Noite de ternura"; "De tanto amor"; "Mundo em paz"; "Eternamente"; "Saudade de ti" e "Minha paz", além de "Quatro anos", de Roberto Martins e "A felicidade acabou", de Oldemar Magalhães e Erasmo Silva. Depois desse disco, afastou-se definitivamente da vida artística. Durante a carreira, lançou 26 discos em 78 rpm e 14 LPs, muitos dos quais, especialmente os elepes para a Odeon, foram campeões de vendagem na época.

Em 1994, foi lançado pela Odeon o CD "Meus momentos - volume 1" e três anos depois o CD "Meus momenyos - Volume 2", com os maiores sucessos de sua carreira. Em 2000, a EMI, dentro da série Bis, lançou um CD duplo com os melhores momentos da carreira do cantor, incluindo, entre outras, as músicas "Alguém me disse"; "Interesseira" e "Abismo", além de "Não Tenho Lágrimas", de Max Bulhões e Milton de Oliveira e "Me leva", parceria com Silas de Oliveira e José Garcia. No mesmo ano, sua gravação de "Alguém me disse" foi incluída pelo crítico Ricardo Cravo Albin na coleção "As 100 músicas do século XX", coletânea de seis CDs extraídos do acervo da EMI-Odeon.

http://www.dicionariompb.com.br/anisio-silva/dados-artisticos

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